domingo, 1 de fevereiro de 2015

Pra Fora

O verso vagava errante
Seu destino era incerto
Confundia-se ente outros pensamentos
Fúteis e sem importância

Era preciso distingui-lo
Abrir-lhe caminho
Mostra-lhe a luz
Dar-lhe a vida
Fora de mim

Aqui Jaz um Poeta


A inspiração se foi
Repousa no caixão
E o que direi a ela?
Joguem terra!
E acendam velas

Cecília

Cecília foi a razão de eu ter mudado repentinamente o meu pensamento sobre aquela cidadezinha. Era tão linda e parecia ter me encantado de uma forma que não recordo nem meia dúzia das palavras que ela deve ter dito no caminho até a pensão. Apenas ficava observando o seu jeito, a forma como seus lábios mexiam enquanto ela falava. Pareciam hipnóticos. Seu sorriso era doce, seus trejeitos delicados, mas devia ser uma mulher de personalidade forte. Fisicamente era mais que perfeita: estatura mediana, cabelos ruivos, um pouco encaracolados, olhos claros, pele clara e formas sensuais. Seu decote era um aperitivo pra mim. Eram seios fartos. Mal ela poderia imaginar os pensamentos sórdidos que povoavam a minha cabeça. Eu a desejava como um predador faminto deseja a sua presa.